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14/03/2015

KOLOFÉ – Um caminho de expansão Afro Cultural

naiSaudar os antepassados e valorizar o Centro Histórico da capital paraibana é o foco do projeto KOLOFÉ – Um caminho de expansão Afro Cultural, que será realizado em João Pessoa entre os dias 10 e 22 de março de 2015. Idealizada pelo artista multivisual Elioenai (Nai) Gomes, a proposta foi uma das vencedoras da 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras, patrocinado pela Petrobrás, com realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon) em parceria com a Fundação Cultural Palmares e o Ministério da Cultura.

Com o objetivo de contemplar as expressões artísticas de estética negra nos segmentos de dança, artes visuais, teatro e música, o 3º Prêmio Afro (premioafro.org) contemplou uma iniciativa de cada linguagem nas cinco regiões do Brasil, sendo o projeto Kolofé a proposta de artes visuais selecionada na região Nordeste, e a única representante da Paraíba entre as 20 vencedoras.

Para Nai Gomes, “Começar o ano com a possibilidade de desenvolver um trabalho desse porte é uma grande felicidade, é fantástico. Me faz crescer como pessoa”. A partir da produção de 17 telas em 17 espaços da cidade, ele fará a ligação entre os monumentos históricos e os Orixás, visando tirar da obscuridade a mão-de-obra negra anônima que foi duramente utilizada para a construção da cidade. “Fiquei pensando como dar maior visibilidade à cultura afro, resgatar a memória das pessoas que construíram os monumentos”, explica Nai.

O roteiro de produção das telas será registrado pelo fotógrafo Gustavo Moura e pelo cineasta Thomas Freitas, e passará por lugares como a Ladeira da Borborema, Rua da Areia, Porto do Capim, Mosteiro de São Bento, Ponte da Liberdade, Casa da Pólvora, Bica, Fábrica Matarazzo, entre outros.
Concluído o circuito, as 17 telas produzidas integrarão uma exposição a ser realizada durante o mês de maio no Ateliê Multicultural Elioenai Gomes. Na mesma oportunidade, será lançado o audiovisual fruto do registro de todo o processo, que terá a missão de captar e transmitir a reação e a interação da população presente nos espaços da cidade, frente ao fazer artístico de Nai Gomes e às questões da cultura afrobrasileira.

Em parceria com o Ateliê Multicultural, o projeto Kolofé foi proposto pela ONG Maracá Cidadania, organização da sociedade civil paraibana sediada no Ateliê e fundada em 2013, com o objetivo social de desenvolver projetos dedicados ao exercício da cidadania. A produção ficará a cargo de Vivian Maitê e Gabriel Moura, integrantes da Maracá, e das produtoras Rosana Pinto, Lili Meireles e Gleidson Oliveira, contando ainda com o design de Silvio Sá.